5 de abril de 2016

Vou contar-vos tudo

A Uva anda com uma depressão sazonal, muito arreigada. É sabido que a falta de sol provoca coisas estranhas no corpo, que o cabelo perde o brilho, que a pele se eriça e fica seca, no meu caso nos tornozelos, credo, uma tal desgraça  que peço a Deus nunca ter de baixar o cano da meia escondido dentro do cano da bota.
Foi da mudança.
Ah que quando muda Deus ajuda. Pois sim, e estou grata por ter corrido tudo bem, consegui pregar os quadros todos nas paredes, não apareceram por enquanto as humidades, a roupa seca bem, a gata adaptada.
Só que agora ando doente.
Parece que sou uma oliveira alentejana transplantada para uma rotunda do Rossio.

5 comentários:

  1. Aiii... Tenho planos para um futuro próximo e passam, precisamente, por sair do meu lugar de sempre. Penso muitas vezes se será mesmo boa ideia. Sair da zona de conforto não é? Balelas. Assim que vier o Sol tudo vai ficar mais leve, incluindo a Uva :)

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  2. Vais adaptar-te, tal como a gata mas... As raízes sempre falarão mais alto, e de quando vez, a melancolia chega e por algum tempo estraga tudo. Depois a falta de tempo, a vida corrida, faz com que tudo se leve a bom porto.

    Faz falta o SOL, ao como faz :(

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  3. E bem falta faz uma oliveira alentejana no Rossio, que ali, tirando as esplanadas "turísticas", não há sombras nenhumas.

    (primeiro estranha-se, depois entranha-se, vais ver que vai ser assim)

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  4. Isso é, sem duvida, a pior coisa que poderia acontecer a uma oliveira Alentejana!

    :)

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  5. Levaste as raízes a tua volta mas deixaste as mais profundas... vais ver, a coisa dá-se daqui a nada. Abracinho Uva

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