9 de junho de 2017

RIDICULOUSNESS

Tenho visto pouca televisão, à exceção daquele programa de comédia americano, do demónio, chamado Ridiculousness, que a minha família nuclear deu em visionar à hora do jantar.
Parecem divertidos com aquilo de verem rapazes a darem grandes cacetadões contra às paredes aleijando sobretudo as partes pudendas, mas a verdade é que aquilo me faz imenso mal, porque estou sempre toda encolhida, normalmente agarrada lá às coisas onde eles se aleijam, de boca muito aberta em formato de 'O', incapaz de processar a dor alheia.
Ontem foi uma rapariga loira com um grande decote que decidiu por-se a fazer 'coisas' com uma cobra. Ora começou por lhe fazer boquinhas sexy com a cabeça do bicho mesmo em frente aos olhos e depois, armada em sedutora, resolveu esfregar a bicha no decote. Pois está visto que se a estupidez pagasse IMI, a loira estava desgraçada, porque a bicha deu um coiçe e foi-lhe morder justo no mamilo, ficando com aqueles dentes de anzol lá agarrados.
E ela gritava e puxava a mama, e a bicha qual quê, não largava o osso, e os amigos a verem aquilo e a dizerem: torce, torce, torce, e a bicha a torcer-se e a mama a torcer-se e a loira a gritar.
E eles a rirem-se daquilo, e eu, em pânico, agarrada às minhas mamas, parecia uma anormal. 

A sério pessoas.
Eu ainda estou, em matéria de humor, agarrada à RTP Memória a revisionar o Hérman Enciclopédia.
Eles estão felicíssimos a ver uma cobra nojenta, agarrada a uma loira nojenta, pelo mamilo.

Sou eu que estou a cair no ridículo, certo?

3 comentários:

  1. não, Uva. já vi o conteúdo do programa e não tenho adjetivação suficiente nem para o conteúdo nem para quem o "enche".
    bom fim de semana. que seja "Ridiculousness" bom.

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  2. Assim de repente lembrei-me de uma série que também metia loiras (e morenas e ruivas...) bem nojentinhas e por acaso também acabava em "ess" o "Shameless" da Sic Radical.
    Estou a adorar rever o Herman Enciclopédia e o Alf confesso...

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  3. Raios, estamos todos de regresso à Herman Enciclopédia.

    Estaremos simplesmente a ficar velhos com pouca paciência ou são alguns novos programas televisivos que ultrapassam tudo aquilo que ainda temos como ideal de decência?
    Estaremos nós errados, numa sociedade que parece caminhar a largas passadas para o alegre e voluntário homicídio da privacidade.

    Será justo permitir a uma pessoa prescindir de um mínimo de dignidade que ainda lhe reste para participar nestes programas?

    Abraço, Uva!
    De regresso ao BTT?

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